terça-feira, 29 de julho de 2014

VOLTA ÀS AULAS EJA

DA CABEÇA AO CADERNO




Encaminhar a passagem do cálculo mental para o registro em conta armada é uma das tarefas essenciais na Educação de Jovens e Adultos

Disponível:
http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/cabeca-ao-caderno-428091.shtml


Embora realizado com adolescentes, esse clássico estudo publicado no livro Na Vida, Dez, Na Escola, Zero ilustra bem a realidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA): alunos que precisam da Matemática no dia-a-dia fazem muito bem contas "de cabeça", mas têm uma tremenda dificuldade em passar o raciocínio para o papel. Como explicar essa contradição? A professora da Universidade de São Paulo Stela Bertholo Piconez, especialista em EJA, arrisca a resposta: "Cérebro nenhum pede licença para aprender". Isso quer dizer que, independentemente do grau de escolarização, boa parte dos jovens e adultos possui noções matemáticas. "É um saber nascido dos desafios mentais impostos pelo cotidiano. Muitos se esquecem de que essas pessoas conseguem dividir um salário mínimo de 415 reais pelos 30 dias do mês", provoca Stela (leia seqüência didática abaixo que utiliza o contracheque para reforçar o aprendizado da adição e da subtração).

Um segundo conselho é evitar o "matematiquês". "Na vida real, ninguém 'efetua' nada, e 'operação' é de estômago ou de catarata", brinca Stela Piconez. Para evitar essa enrascada, abuse dos sinônimos. Por que não ler a questão dizendo "realize" e "faça a conta"?


FALAR ANTES DE ESCREVER

Propor rodas de conversa antes das atividades de escrita pode ajudar os alunos a adquirirem maior fluência ao escrever

Disponível: 
http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/07/23/falar-antes-de-escrever/
Um dos grandes desafios da EJA, especialmente com os alunos que se alfabetizam já adultos, é melhorar a expressão escrita.
Escrever é bastante diferente de falar. Aprendemos a falar, na imensa maioria dos casos, quando ainda somos muito crianças, quase “sem querer”. É claro que se trata de um processo complexo, cheio de influências biológicas, sociais e culturais. No entanto, é tão corriqueiro observarmos uma criança crescer e aprender a falar que encaramos a aquisição da fala como algo natural.
O escrever, contudo, não  se desenvolve da mesma forma. Na maior parte das vezes, a aquisição da escrita  acontece na escola e precisa da intermediação de um professor, que intencionalmente proporciona situações para que ela ocorra.
Podemos encarar o processo de aprender a escrever como uma transição da fala para a escrita; embora essa seja uma simplificação, pode ser útil em termos didáticos. Na escola, é preciso fazer essa transição juntamente com os alunos, repisando o caminho de como uma  fala pode ser escrita, explicitar que essa transição está sendo feita, para que os alunos se familiarizem e se desenvolvam no processo.



quinta-feira, 17 de julho de 2014

CONSELHO DE CLASSE: um espaço de reflexão

Vídeo para https://www.youtube.com/watch?v=yxpCei1L6qs

Este é o momento em que os professores se reúnem com o coordenador e o diretor para analisar as principais dificuldades dos alunos e reavaliar as práticas didáticas. Muitas vezes, no entanto, o conselho de classe se transforma em uma enxurrada de problemas e não gera nenhuma ação efetiva para a qualificação dos processos de ensino e de aprendizagem.
Essa era uma realidade que incomodava as gestoras da EE Doutor Miguel Vieira Ferreira, em São Paulo. Com muitos alunos, a diretora e a coordenadora procuravam uma forma de solucionar os problemas de todos no pouco tempo de reunião que tinham. O objetivo era fazer com que os mesmos estudantes não voltassem a ser citados no conselho seguinte.
Na visita, Maura Barbosa, consultora pedagógica de GESTÃO ESCOLAR, propôs alternativas para organizar o conselho, desde a preparação para a reunião até a execução das ações discutidas.
Para saber o resultado dessa conversa, assista ao vídeo.
Queremos saber a sua opinião!

http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/maura-visita-conselho-classe-782817.shtml

https://www.youtube.com/watch?v=yxpCei1L6qs

GILSON SILVA: CONSTRUINDO A HISTÓRIA DE SANTA SOFIA


Disponível: 

http://educaseropedica.rj.gov.br/2013/seropedica-comemora-o-dia-nacional-da-educacao/

https://www.youtube.com/watch?v=e1YvonR9Cnw#t=543


No dia 27 de Fevereiro de 2014, às 17h foi inaugurada a Escola Municipal Gilson Silva. Trata-se do antigo Colégio Santa Sofia, localizado no bairro de mesma nomenclatura.

A unidade escolar em questão está sob a jurisdição da Prefeitura, sendo administrada pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (SMECE). A escola recebeu este nome em homenagem a um personagem icônico do bairro, que fora de grande importância no processo de desenvolvimento da localidade.

"Investir em Educação é garantir nosso próprio futuro, afinal, a responsabilidade de comandar o município, futuramente, será destes jovens. O desenvolvimento sustentável, nosso lema enquanto governo, será a consequência de uma Educação de qualidade", falou Wilson Beserra (Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável).

Diversas são as visitas de supervisão realizadas pela Secretária Lúcia Baroni (SMECE), no intuito de avaliar e modificar tudo o que possa ser melhorado na estrutura pedagógica, no interior ou mesmo no entorno das unidades escolares. Tais visitas denotaram a necessidade da reconstrução do prédio, a ser realizada com o intento de melhorar o atendimento oferecido aos alunos.
"Desde que assumi a SMECE uma de minhas principais atividades é visitar pessoalmente às unidades escolares, ouvir de perto os anseios dos estudantes é ter a certeza de que saciará suas necessidades. Estamos investindo na estrutura, no professor e no aluno, se tudo estiver em harmonia dificilmente veremos insatisfação", disse Lúcia Baroni.
A construção da nova unidade educacional incluiu o reparo de questões estruturais do prédio; a construção de uma piscina onde são realizadas atividades supervisionadas por docentes graduados em Educação Física; a edificação de uma biblioteca contendo diversos títulos da literatura brasileira; a reforma da cozinha, proporcionando mais higiene e melhorando o ambiente de trabalho dos profissionais responsáveis pela alimentação dos discentes; a reforma do refeitório, ampliando sua capacidade de lotação; além da construção de um bicicletário, que será utilizado pelos alunos que utilizem bicicletas como meio de transporte no trajeto casa-escola.
"Investiremos ainda mais para fazer nosso município crescer. Buscaremos os jovens que estão fora das salas de aula, pois o ensino de qualidade é o princípio básico para a formação do caráter do indivíduo", disse o Prefeito Martinazzo.



Texto: Hudsom Glória. Adaptado.



Vídeo:



Direção/Imagens/Montagem: Sankirtana Dharma;

Roteiro: Natália Coelho;

Reportagem: Hudsom Glória.

LIVROS DE PAULO FREIRE - DIGITAL

Disponível:
http://forumeja.org.br/livrospaulofreire

Livros do Paulo Freire

Educação como prática da liberdade
A importância do ato de ler
Ação Cultural para a Liberdade
Extensão ou Comunicação
Medo e Ousadia
Pedagogia da Autonomia
Pedagogia do Oprimido
Política e Educação
Professora sim, Tia não
Fonte: Acervo da Biblioteca Central da UFPB - Biblioteca Digital Paulo Freire
Caso você não tenha o programa para visualizar arquivos em pdf, baixe o Adobe Acrobat 8.1 gratuitamenteaqui!




5 CADERNOS TEMÁTICOS EJA - COLEÇÃO PUBLICADA PELA SECAD / MEC:

http://forumeja.org.br/node/887


Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos

Confira a coleção Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos, publicada pela SECAD/MEC!
São cinco cadernos temáticos, que contribuem para a prática de sala de aula dos educadores e educadoras da educação de jovens e adultos.
O material apresenta situações concretas e permite a visualização de modelos que podem ser comparados com suas práticas, a partir das quais são ampliadas as questões teóricas.
Confira a coleção Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos, publicada pela SECAD/MEC!
São cinco cadernos temáticos, que contribuem para a prática de sala de aula dos educadores e educadoras da educação de jovens e adultos.
O material apresenta situações concretas e permite a visualização de modelos que podem ser comparados com suas práticas, a partir das quais são ampliadas as questões teóricas.

DICAS PARA REALIZAR ATIVIDADES DE ESTUDO DO MEIO NA EJA


 | sala de aula
Foto: Elaine Skowronski
Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. | Foto: Elaine Skowronski
Já ouvi de muitos professores que realizar atividades fora da escola com alunos da EJA “é muito complicado”. De fato, pode ser difícil encontrar locais que sejam adequados e conciliar os horários dos alunos trabalhadores. Às vezes, as saídas exigem gastos extras da escola e dos estudantes, o que é sempre um complicador. Contudo, penso que essas dificuldades não devem nos impedir de organizar esse tipo de atividade.
Realizar um estudo do meio é uma oportunidade muito rica para aprender coisas novas edesenvolver novos olhares. Visitar um local com o objetivo de estudar muda nosso ponto de vista. Às vezes, passamos a notar detalhes com os quais cruzamos cotidianamente, mas que antes nem percebíamos. Além disso, essas atividades favorecem a socialização e a integração da turma, inclusive dos alunos com os professores, aumentando também a motivação para o trabalho em sala.
Entretanto, é importante saber que realizar um estudo do meio não significa visitar um museu importante ou fazer uma viagem de vários quilômetros. Muitas vezes, uma caminhada no entorno da escola pode ser fonte de inúmeros aprendizados, desde que bem pensada e orientada.
Vou dar um exemplo. Conheci um trabalho em que os alunos que usavam o trem para se deslocar da escola para casa foram reunidos em um grupo de estudo. Ao retornar para suas casas, eles tinham a tarefa de observar que características das estações auxiliavam ou atrapalhavam o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção. Eles tiraram fotografias e fizeram anotações, que posteriormente foram apresentadas aos colegas na escola, gerando uma discussão bastante interessante sobre os meios de transporte na cidade. Uma viagem cotidiana transformou-se em material de estudo quando os alunos direcionaram seus olhares para uma questão específica; nesse caso, a acessibilidade.
Confira algumas dicas que podem ajudar o professor a planejar um estudo do meio bem sucedido com turmas de EJA:
Escolha com a turma uma data em que a maioria possa participar. Como grande parte dos alunos trabalha, muitas vezes até nos fins de semana, em geral é preciso avisar com antecedência para a turma se programar.
Defina um roteiro do que será observado. Sair sem um objetivo específico acaba sendo pouco produtivo e se torna apenas um passeio. Um roteiro direciona o olhar dos alunos, que passam a observar aspectos que não notariam.
Prepare os alunos antes da saída. É importante organizar a atividade em termos práticos, como, por exemplo, definindo o que é preciso levar (água, lanche, protetor solar, guarda-chuva, lápis e caderno, câmera fotográfica) e o cronograma do dia. Mas também é importante preparar os alunos para observar o que será o foco da saída. Converse sobre o que esperam encontrar, quais são os pontos a serem observados e qual a postura esperada deles.
Evite sobrecarregar os alunos com atividades durante a saída. Um estudo do meio pretende ser mais que um passeio, mas cuide para que seus alunos tenham a chance de simplesmente aproveitar o ambiente de fora da escola. Já estive em estudos do meio em que a quantidade de atividades deixava os alunos ocupados demais a ponto de não observarem por conta própria o ambiente onde estavam, eliminando a possibilidade de descobertas que os professores não previram.
É importante lembrar que existem muitos locais, como museus e centros culturais, que recebem turmas no período noturno (um exemplo em São Paulo é a Pinacoteca do Estado). Outra possibilidade é combinar um encontro diretamente no local a ser visitado, o que evita a necessidade de organizar transporte para toda a turma.
E você, organiza algum estudo do meio com seus alunos da EJA? Quais são os aspectos que você valoriza durante essas visitas? Sugira abaixo, nos comentários, locais interessantes de serem visitados por turmas de EJA na sua cidade.