segunda-feira, 29 de setembro de 2014

COMO FAZER O PPP DA ESCOLA

Projeto Político Pedagógico. Ilustração: Fábio Lucca

Segundo especialistas, a elaboração do projeto político-pedagógico precisa contemplar a missão, a clientela, dados sobre aprendizagem, relação com as famílias, recursos, diretrizes pedagógicas, plano de ação da escola.


Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão.Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo.

Dicas práticas para elaborar o PPP
Certas estratégias facilitam a preparação, a revisão e o acesso da equipe ao projeto político-pedagógico:

- Não é preciso refazer a missão todo ano. Geralmente, ela dura de dois a cinco anos. Deve ser alterada quando a equipe percebe que os princípios já não correspondem às suas aspirações (os objetivos iniciais foram alcançados ou precisam ser modificados), a clientela é outra (aconteceram mudanças na comunidade) ou o contexto escolar teve alterações (introdução do Ensino Fundamental de nove anos ou a chegada da Educação Infantil ou de Jovens e Adultos). Esse trecho deve ser respaldado nos planos municipal ou estadual de Educação.

- Clientela, dados sobre a aprendizagem, recursos, relação com as famílias, diretrizes e plano de ação devem ser revistos e atualizados ao longo do ano - e isso pode ser feito durante as reuniões pedagógicas e institucionais, nos encontros do Conselho Escolar e na semana de planejamento. Para tanto, a cada encontro, defina quem será o responsável por sistematizar os dados e inseri-los
no PPP.

- A linguagem usada deve ser simples.

- O ideal é que o PPP seja montado em um arquivo eletrônico, no computador, e, depois de impresso, colocado em uma pasta arquivo para facilitar o acesso e as alterações durante o ano.

- Professores e funcionários podem receber cópias do documento, quando possível, para que consultem sempre que surgirem dúvidas.

- É interessante elaborar uma versão resumida para entregar aos pais no ato da matrícula.
- Organizar o PPP em um fichário facilita o manuseio, a conservação e a revisão ao longo do ano.
Nas próximas páginas, você vai conhecer detalhes de cada um dos tópicos indispensáveis do PPP e saber onde obter as informações e a melhor forma de organizá-las.
Como fazer o PPP da escola

O QUE É O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO (PPP)

O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Saiba como elaborar esse documento.


Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado projeto político-pedagógico - o famoso PPP. Se você prestar atenção, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:
  • É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.
  • É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
  • É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.


Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos:

  • Missão
  • Clientela
  • Dados sobre a aprendizagem
  • Relação com as famílias
  • Recursos
  • Diretrizes pedagógicas
  • Plano de ação


Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo (leia as dicas práticas). "O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazos", diz Paulo Roberto Padilha, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.
Continue lendo a reportagem

SUGESTÃO DE ATIVIDADE: SAÚDE É MAIS QUE AUSÊNCIA DE DOENÇA

Em um post passado, opinei que os conteúdos de saúde deveriam ocupar mais espaço nos currículos da EJA e comentei que o Atlas do Desenvolvimento Humano poderia ser um recurso interessante para planejar aulas que abordem a saúde de um ponto de vista amplo. Em outras palavras, uma abordagem em que a saúde não seja apenas a ausência de doença, mas considerando, por exemplo, a influência de condições sociais.
Apresento aqui um exemplo de atividade que pode ser desenvolvida para que os alunos atinjam os seguintes objetivos:
  1. conhecer o conceito de mortalidade infantil;
  2. localizar e analisar dados na tabela;
  3. associar condições sociais (moradia, saneamento, educação, renda) a riscos à saúde.
Parte 1: Conhecer o conceito
A maior parte dos meus alunos são migrantes e se interessam em discutir aspectos de sua terra natal. Pensando nisso, usei o Atlas para gerar a tabela a seguir, que apresenta os índices de mortalidade infantil em 1991, 2000 e 2010 para cada uma das cidades dos alunos da classe, além das médias nacionais.
Mortalidade infantil
Nome da cidade199120002010
Cacimba de Dentro (PB)804523
Cajazeiras (PB)443317
Ipiaú (BA)774020
Ouricuri (PE)826223
Panelas (PE)816222
Passo Fundo (RS)241712
Presidente Jânio Quadros (BA)774224
Riachão do Jacuípe (BA)755127
Salvador (BA)463615
Santa Rita (PB)623521
São João do Piauí (PI)654924
São Paulo (SP)241813
Solidão (PE)787426
Tanhaçu (BA)834324
Tremedal (BA)654128
Vitória da Conquista (BA)774021
Brasil (média)453117
Em seguida, questiono os alunos sobre o que seria a “mortalidade infantil”. Muitos deles já têm uma ideia intuitiva de que o termo está associado à morte de crianças. Apresento uma definição mais formal de taxa de mortalidade infantil: número de crianças que morrem antes de completar um ano a cada mil nascidos vivos. A discussão de como é calculada essa taxa e por que ela pode ser comparada entre locais não é simples, mas para esta atividade basta que os alunos entendam que esse índice expressa o risco que as crianças têm de morrer antes de completarem um ano em cada localidade. É importante que cada aluno faça um registro dessa definição no caderno, o que pode indicar se compreenderam o conceito.
Parte 2: Localizar e analisar dados na tabela
Os alunos localizam a sua cidade natal na tabela e respondem às seguintes questões:
  1. Qual era o valor da mortalidade infantil na sua cidade em 1991? E em 2010?
  2. Esses valores estão acima ou abaixo da média do Brasil?
Espera-se que os alunos encontrem os dados de sua cidade e consigam compará-los com as médias nacionais. Essa tarefa pode parecer trivial para alguns alunos, mas não é simples para os que não têm familiaridade com tabelas. Fique atento, professor!
Parte 3: Associar condições sociais a riscos à saúde
Ao localizar os dados na tabela, os alunos rapidamente notam que os valores de 2010, em todos os casos, são menores que os de 1991. Discutimos se isso é positivo ou negativo e, em seguida, proponho outra questão:
O que você acha que mudou na sua cidade de origem nos últimos 20 anos e que poderia explicar essas mudanças na mortalidade infantil?
Neste ponto  as vivências e conhecimentos dos alunos podem enriquecer a aula. Como a maioria assistiu às mudanças ocorridas em seus municípios de origem, não faltam ideias para explicar porque morrem menos crianças hoje: surgiram novos postos de atendimento, melhorou a qualidade dos exames, aumentou o número de agentes de saúde e de médicos.
Além desses aspectos, encorajo os alunos a pensar sobre fatores não diretamente ligados à saúde, mas que podem ter alguma influência. Será que a qualidade da água melhorou? Como está sendo descartado o esgoto? E o lixo doméstico? Como eram as moradias ontem e como estão hoje?
Ou ainda: Será que uma pessoa que estudou tem mais condições de cuidar melhor da saúde? Será que o aumento da renda tem algo a ver com a mortalidade infantil? Ao refletirem sobre essas questões, os estudantes acabam percebendo que a saúde também depende das condições sociais, ou seja, da qualidade de moradia, de saneamento, de educação e de renda.
Para terminar, peço que registrem por escrito um exemplo de como a melhoria em um desses fatores poderia gerar redução na mortalidade infantil. Pela resposta dos alunos, consigo avaliar se, após essa aula, já têm uma ideia de que a qualidade da saúde de uma população está associada a outros aspectos sociais.
Professor, você vê alguma possibilidade de desdobramento desta atividade? Acha que ela pode contribuir para um entendimento mais amplo do que é saúde? Compartilhe suas ideias conosco!

Disponível: http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/08/27/sugestao-de-atividade-saude-e-mais-que-ausencia-de-doenca/

COMO ESCOLHER O QUE ENSINAR?

Todos têm um palpite sobre o que deve ser ensinado na escola. Como escrevi no post anterior, são muitas as pressões sobre o professor, que acabam gerando inquietações, insegurança e podem atrapalhar o bom andamento do trabalho docente.
Professor, é preciso enfrentar essas inquietações com serenidade e tirar certos fardos das nossas costas. Um primeiro recado vindo diretamente do mundo real: quando escolhemos decidir ensinar alguma coisa, obrigatoriamente estamos escolhendo não ensinar outra. O nosso tempo é finito e, no caso da EJA, bem curto. Isso significa que sempre sobrarão assuntos importantes que não serão ensinados.
Se isso já acontece no ensino regular, que dirá na EJA, em que o tempo é bem mais escasso? Nem tudo que gostaríamos será tratado em aula! Temos que ter consciência e tranquilidade a esse respeito.

Todos têm um palpite sobre o que deve ser ensinado na escola. Como escrevi no post anterior, são muitas as pressões sobre o professor, que acabam gerando inquietações, insegurança e podem atrapalhar o bom andamento do trabalho docente.

Professor, é preciso enfrentar essas inquietações com serenidade e tirar certos fardos das nossas costas. Um primeiro recado vindo diretamente do mundo real: quando escolhemos decidir ensinar alguma coisa, obrigatoriamente estamos escolhendo não ensinar outra. O nosso tempo é finito e, no caso da EJA, bem curto. Isso significa que sempre sobrarão assuntos importantes que não serão ensinados.
Se isso já acontece no ensino regular, que dirá na EJA, em que o tempo é bem mais escasso? Nem tudo que gostaríamos será tratado em aula! Temos que ter consciência e tranquilidade a esse respeito.
Disponível: http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/09/10/como-escolher-o-que-ensinar/


AS INQUIETAÇÕES DE UM PROFESSOR PRESSIONADO

Vamos imaginar um professor que acaba de apresentar um conteúdo para a classe.
No breve instante em que os alunos fazem seus registros, ele pensa: será que isso que estou ensinando é importante?
Esse questionamento se desdobra em outros: Será que os alunos usarão esse conhecimento em algum momento de suas vidas fora da escola? Será que esse conhecimento de alguma maneira mudará a vida dos alunos para melhor? Será que esse conhecimento interessa aos alunos?
Imagem utilizada para o blog de EJA sobre as pressões e preocupações que o professor sente/tem no dia a dia. Imagem: Shutterstock/ Montagem

O professor olha então para a lousa e pensa que o conteúdo que acabou de apresentar talvez não importe. E passa a imaginar como seria ótimo se tudo o que ensinasse tivesse de fato significado para a vida dos alunos.
Ele pensa que uma aula ideal partiria de um problema real da vida dos alunos. O professor mostraria como certos aspectos teóricos da área em que é especialista iluminam aquela questão. Então os alunos, de posse daqueles conhecimentos, poderiam rediscutir o problema, encaminhar uma solução. Ao final, teriam refletido sobre questões que podem melhorar suas vidas.
Mas então o professor cai na real.
Lembra-se de que existe a expectativa de que ele “cumpra” todo o livro didático: dos alunos, dos pais, da coordenação e direção da escola.
Lembra-se de que alguns alunos querem passar no vestibulinho, no vestibular ou tirar uma boa nota no ENEM.
Lembra-se de que ele, professor, ingenuamente, fez um planejamento otimista no início do ano, mas que agora não terá tempo de cumprir. A turma deste ano tem um ritmo mais lento que a turma do ano passado e certas atividades têm levado mais tempo que o costumeiro. Lembra-se de um aluno que é diferente dos outros (pode ser deficiente visual, disléxico, portador de TDAH, cadeirante, ter problemas graves na família…) e que precisa de atenção. Lembra-se do aluno ligeiro, que sempre termina antes dos outros e também precisa de atenção.
Nesse momento, o planejamento que o próprio professor elaborou pode se virar contra ele, pois o diretor da escola, o supervisor de ensino, o secretário de educação podem questioná-lo a respeito.
Lembra-se de seu professor, que atuava na mesma área em que ele, e de como ele conseguia ir “mais longe” nos conteúdos. “Será que a falha é minha?” – pensa o professor.
Lembra-se das cobranças da coordenação geral da escola, exigindo que ele utilize o tempo de algumas aulas para participar de certo projeto. Lembra-se das inúmeras cartilhas que recebeu: Educação sexual, Educação para o trânsito, prevenção contra a tuberculose, prevenção contra a dengue, uso racional da água, economia de energia, empreendedorismo, proteção ao meio ambiente, robótica para iniciantes. Lembra-se das ONGs que têm feito parcerias com sua escola e com quem há muitas oportunidades de colaborar.
Lembra-se de que em breve acontecerão eleições, que seus alunos estão muito mal informados sobre o assunto e que gostaria de abrir espaço em suas aulas para aprofundar a discussão sobre política. Lembra-se de uma novidade noticiada ontem na televisão e que gostaria de comentar com os alunos, mostrando como se relaciona com os conteúdos que estudaram no mês passado.
Lembra-se dos colegas das séries posteriores que comentam todos os dias sobre como os alunos estão chegando “fracos”, como não sabem fazer tal e tal atividade, como não sabem sequer ler um texto, como não sabem nem mesmo os conteúdos mais básicos. Lembra-se dos colegas das séries anteriores, que avisaram no começo do ano que, devido aos feriados do ano passado, não conseguiram tratar de todos os conteúdos previstos, e que por isso será necessário começar de um ponto anterior.
E, ainda por cima, com poucas aulas por semana…
O professor olha novamente para a lousa e repensa: será que isso que estou ensinando é importante?
Diante de tantas cobranças e pressões, para que lado seguir? Dentro do oceano de possibilidades, o que escolher? Como fazer as adaptações mais adequadas à sua turma? Veja alguns possíveis caminhos no post:

Como escolher o que ensinar?


Disponível: http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/09/10/como-escolher-o-que-ensinar/

DINÂMICA PARA RECEBER E INTEGRAR OS NOVOS ALUNOS

Aperto de mãos. Apresentação dos alunos de EJA. Blog. Crédito: SXC.HUNos primeiros dias de aula, os professores da minha escola se preocupam em promover atividades para recepcionar os alunos e promover a integração das novas turmas que se formam. A ideia é darmos uma oportunidade para que os alunos se apresentem, conversem um pouco e quebrem o gelo que caracteriza este início de trabalho.

Nos primeiros dias de aula, os professores da minha escola se preocupam em promover atividades para recepcionar os alunos e promover a integração das novas turmas que se formam. A ideia é darmos uma oportunidade para que os alunos se apresentem, conversem um pouco e quebrem o gelo que caracteriza este início de trabalho.
Além das iniciativas coletivas, eu também organizo um momento como esse dentro das minhas aulas. Vou contar minha experiência com uma atividade que talvez muitos conheçam, mas que tem tido resultados muito bons com meus alunos da EJA: a atividade da teia. Quem sabe ela não te inspira a realizar algo semelhante com seus alunos?
O único material necessário é um rolo de barbante.
O procedimento é o seguinte: em um espaço aberto (que pode ser dentro da sala mesmo, com as carteiras afastadas, ou em um pátio), eu e os alunos formamos um círculo. Entrego o rolo de barbante para um dos alunos e peço que ele diga seu nome, jogue o rolo para outra pessoa e diga o que ele deseja para este colega naquele semestre. Antes de lançar o rolo, ele segura em sua mão a ponta do barbante.
O próximo aluno repete o procedimento, sempre segurando o barbante e jogando o rolo para outro colega (que esteja, de preferência, distante dele no círculo), até que todos participem. Ao final, forma-se um emaranhado de fios com todos os alunos (e eu mesmo) segurando o barbante.
Já realizei essa atividade algumas vezes e o início dela é sempre marcado pela timidez dos alunos, especialmente dos que são novos na escola. No entanto, à medida que o rolo de barbante vai passando de mão em mão, o clima vai se descontraindo e os alunos vão se soltando. Os “desejos para o semestre” expressos por eles costumam ser sempre muito positivos:
“Desejo que você aprenda muito!”
“Espero que você tire notas muito boas!”
“Tomara que você faça muitos amigos nesta escola!”
Quando todos os alunos estão segurando no barbante, peço que digam o que aquele emaranhado de fios representa para eles. As declarações são muito interessantes:
“O fio representa a ligação entre os alunos.”
“O barbante é como o conhecimento, que vai passando de pessoa para pessoa.”
“Mostra que todos na classe estão unidos.”
“Significa que os professores estão junto com a gente.”
“É como aquela rede dos bombeiros; se alguém cai, os outros seguram.”
Estimulo que os alunos comentem as declarações uns dos outros. Acho particularmente interessante essa ideia do apoio dos colegas, uma vez que sempre vêm à tona as dificuldades que enfrentam para frequentar a escola e como o amparo dos amigos que passaram (ou passam) por situações semelhantes é importante para ajudar a superá-las.
Aqui cabe uma confissão. Participei inúmeras vezes dessa mesma dinâmica em cursos de formação de professores e confesso que já achava a atividade “muito batida”. Toda vez que alguém a propunha eu pensava: “de novo”?
Por isso, hesitei um pouco em utilizá-la com meus alunos. No entanto, percebi que ela é novidade para a imensa maioria e é incrível o impacto positivo que produz na consolidação do grupo. Vários estudantes já me relataram que ela foi importante para promover a união da classe e que as declarações feitas ali são lembradas por eles em outros momentos. A positividade e a união produzidas naquela teia acabam ecoando em muitas outras atividades, especialmente nas que envolvem trabalho em grupo. Além disso, sabemos que a evasão é um dos principais problemas vivenciados na EJA e penso que esse tipo de integração com o professor e com a turma pode ajudar a motivar o estudante a permanecer na escola.
E você, professor, também realiza alguma atividade para recepcionar seus alunos da EJA e integrar a turma? Compartilhe-a com a gente!
Disponível: http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/02/12/dinamica-para-receber-e-integrar-os-novos-alunos/

ELEIÇÕES: O QUE DISCUTIR COM OS ALUNOS?

Imagem para o blog de EJA em post sobre os conteúdos que podem ser trabalhados na época das eleições

Muito se fala que a escola deve formar cidadãos e, portanto, nada mais natural que as eleições sejam abordadas na sala de aula. Claro que esse não é o único momento em que exercemos a cidadania, mas é sem dúvida um momento-chave para a vida política e que deve ser discutido e analisado nas turmas de EJA.
Esse é um trabalho delicado de ser feito. Por um lado, é preciso informar e discutir certos aspectos do mundo da política; por outro, não pode ser um trabalho doutrinário em que o professor imponha aos alunos suas opiniões e, o que é pior, seus candidatos. Não se pode fazer campanha eleitoral na escola!
Um trabalho difícil, mas possível e necessário. Muitos alunos sentem-se excluídos do processo eleitoral porque não entendem como ele funciona e acabam não exercendo plenamente seu direito de eleitor.
A seguir, elenco sugestões de assuntos que podem ser discutidos em sala sem entrar no mérito dos candidatos e podem ser esclarecedores para os estudantes da EJA:
Atribuições de cada cargo: Neste ano, teremos eleições para presidente da república, governador de estado, senador, deputado federal e deputado estadual. Muitas pessoas têm dúvidas sobre qual o papel de cada um desses cargos no funcionamento da vida pública. Um tópico interessante para abordar com os alunos é esclarecer quem faz o quê. A seção de “Perguntas Frequentes” da Cartilha do Eleitor Consciente, do Tribunal Superior Eleitoral, traz essas informações.
Divisão de poderes: Relacionado ao tópico anterior, mas além dele, temos a organização em três poderes (executivo, legislativo e judiciário) e as suas diferentes esferas (municipal, estadual e federal). Conhecer as responsabilidades de cada um, bem como suas limitações, é interessante, por exemplo, para que os alunos julguem se as promessas feitas pelos candidatos em campanha estão de fato dentro das possibilidades de cada cargo em questão. (Veja um plano de aula sobre o assunto aqui)
Voto proporcional: Nas eleições para cargos legislativos, como para deputados estaduais e federais, o sistema de votação é proporcional. Como o próprio nome diz, a contagem não é direta (como acontece para presidente da república) e exige um cálculo. Além disso, para compreender o sistema, é preciso entender o que é partido e coligação. Na minha experiência, são raros os alunos que conhecem esse tipo de votação. Por isso, eles sempre se surpreendem com a estratégia dos “puxadores de voto” (certos candidatos-celebridade capazes de angariar muitos eleitores e favorecer enormemente sua coligação). Dois casos interessantes para estudar as distorções que o sistema de voto proporcional pode provocar são o da eleição de Enéas Carneiro em 2006 ou do palhaço Tiririca em 2010.
Financiamento de campanha:
Quem paga os cartazes, panfletos e comícios que pipocam em todos os lugares do Brasil nessa época? Entender melhor o sistema de financiamento de campanhas eleitorais pode ajudar os alunos a compreenderem o funcionamento de esquemas de favorecimento e corrupção. Ojulgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto pode ser um bom começo para essa discussão, assim como um texto de Gilberto Maringoni, escrito em 2012  sobre as eleições municipais em São Paulo.
A equipe do blog de Tecnologia na Educação já fez dois ótimos levantamentos de sites e aplicativos de celular úteis para o trabalho com eleições (veja os posts aqui e aqui). Acredito que essas podem ser ótimas fontes de consulta também para nós, da EJA.
Disponível:
http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/09/17/eleicoes-o-que-discutir-com-os-alunos/

ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE MOACYR SREDER BASTOS VISITAM A PANARO FIGUEIRA

Exiba IMG-20140924-WA0004.jpg na apresentação de slides
No dia 23 de setembro de 2014,  a Professora  Doutora Maria Cristina esteve com seus alunos visitando a Escola Municipal Panaro Figueira, em Seropédica / RJ. 
Exiba IMG-20140924-WA0037.jpg na apresentação de slides

Os alunos que cursam a Disciplina: "Oficina de Educação de Jovens e Adultos", do Curso de Pedagogia da Universidade Moacyr Sreder Bastos puderam conhecer o Projeto Brinquedoteca na EJA - BEJA e participaram do processo que favorece as trocas de experiências, buscando desenvolver a reflexão, sistematizando os conhecimentos e promovendo a relação teoria-prática. 

Nós da Coordenação Pedagógica da EJA - SMECE, o Gestor da Unidade Escolar, a Coordenadora Pedagógica da Unidade e toda equipe educacional e administrativa agradecemos a maravilhosa visita.


Exiba IMG-20140924-WA0001.jpg na apresentação de slides
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