sábado, 6 de dezembro de 2014

MORADORES DE SEROPÉDICA PRESTIGIAM ESPETÁCULO DE DANÇA CONTEMPORÂNEA

1ª FORMAÇÃO COM OS DOCENTES DA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

TEMA 1
“EJA - Educação de Jovens e Adultos:
História, Sujeitos, Alfabetização e Currículo”

O evento ocorreu no dia 10 e abril de 2015, na U. E. CAIC - Paulo Dacorso Filho - Seropédica / RJ, no horário de 18h00 às 21h30, com a participação de 57 docentes, das 9 (nove) Unidades Escolares que atuam com a Modalidade de Ensino EJA e 4 alunos de Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ - Seropédica/RJ, do 7º período do Curso de Pedagogia (conforme quadro demonstrativo abaixo). Foi organizado e coordenado pelas Professoras Valéria Luíza Pereira e Patrícia Carvalho e o Professor Adriano Lopes Rosa, da Coordenação e Orientação Pedagógica da SMECE - Seropédica / RJ.
A formação de professores para a EJA é essencial para que haja uma educação de qualidade, pois somente desta maneira o educador será capaz de elaborar didáticas que resultem bons desempenhos em sala de aula, garantindo a permanência desses alunos na escola. Mostrando-os a importância de continuar seus estudos, a fim de que se tornem cidadãos críticos e reflexivos para que possam interagir de forma participativa na sociedade.
Foi ministrada a palestra: “As Políticas Públicas Educacionais e a Educação de Jovens e Adultos no Brasil”, com a Prof.ª Drª Adriana Alves Fernandes Costa - UFRRJ – Seropédica/RJ, onde foram abordados os seguintes assuntos:
1.                            EJA: Definições e ausências.
2.                            A Educação, a Escolarização e a Alfabetização de Adultos.
3.                            A Cultura dos Mínimos.
4.                            Educação Brasileira: Caráter elitista como marca que a constitui.
5.                            As Políticas Educacionais: Campanhas e interesses diversos.
6.                            Paulo Freire.
7.            A ausência da centralidade e valorização da aprendizagem do estudante da EJA.
8.                            Os sujeitos da EJA: Aluno (a) e professor (a)
9.                            Desafios
10.                         Juvenilização da EJA.
11.                         A guisa da conclusão: lugares tocados por comunhão.







PROGRAMAÇÃO / FOLDER

18h - Credenciamento

18h15min – Boas Vindas / Abertura
Equipe de Coordenação e Orientação Pedagógica da Educação de Jovens e Adultos SMECE - Seropédica / RJ
Prof. Adriano Lopes, Prof.ª. Valéria Luíza Pereira e Prof.ª. Patrícia Carvalho

18h20min – Planejamento / 2015:

  • Projeto Macro da SMECE:
“Aprendendo preservar, ensinando a viver”

  • Projetos Pedagógicos da EJA
Semestre de 2015:
“Água: Um bem econômico de valor vital para a nossa existência.”
Palestra nas Unidades Escolares no horário noturno.
2º Semestre de 2015:
“Educação Ambiental: Um caminho para a sustentabilidade.”

  • Formações SMECE / Informações
1º Semestre/2015:
TEMA 2:
“Metodologia: Capacitação por Áreas de Conhecimento na Educação de Jovens e Adultos”
  • Contextualização na EJA: Uma experiência em construção
  • Grupos de trabalhos com os eixos temáticos das discussões:
“Reavaliação e adaptações dos conteúdos mínimos 2015 – uma análise pedagógica no currículo da EJA (para 2016).

TEMA 3: Palestra:
“Dificuldade de Aprendizagem: Sob o olhar Psicopedagógico”
  • Calendário da EJA
1º  e 2º Semestres / 2015
(Disponíveis nas Unidades Escolares)

TEMA 4: Palestra
“Voz saudável, gente consciente!”

18h30min – Palestra:

“As Políticas Públicas educacionais e a Educação de Jovens e Adultos no Brasil”

Palestrante: Prof.ª Drª Adriana Alves Fernandes Costa – UFRRJ – Seropédica/RJ.

  1. EJA: Definições e ausências.

  1. A Educação, a Escolarização e a Alfabetização de Adultos.
- A Cultura dos Mínimos.

  1. Educação Brasileira: Caráter elitista como marca que a constitui.

  1. As Políticas Educacionais: Campanhas e interesses diversos.

  1. Paulo Freire.

  1. A ausência da centralidade e valorização da aprendizagem do estudante da EJA.

  1. Os sujeitos da EJA:
Aluno (a) e professor (a)
  1. Desafios

  1. Juvenilização da EJA.

  1. A guisa da conclusão: lugares tocados por comunhão.

21h30 – Encerramento

APRESENTAÇÕES ORAIS, PROVAS E TRABALHOS: situações que estressam os alunos da EJA

 | avaliaçãocomportamentosala de aula

Aluna preocupada com as provas | Crédito: Montagem shutterstock
A maioria dos meus alunos tem grande apreço pela escola e gosta de frequentá-la. Muitos se empolgam com os novos aprendizados e valorizam não só as aulas, como também os eventos culturais e o fato de a instituição ser um espaço de socialização. Alguns deles, por exemplo, não têm oportunidade de conversar com a família ou com pessoas no trabalho, portanto os colegas de sala acabam sendo os únicos amigos. Contudo, apesar de prazerosa, a escola pode ser também estressante em determinados momentos.
Tradicionalmente, o final do semestre é um tempo de avaliações, finalização de tarefas e apresentações de fim de curso em grande parte das escolas. E há vários estudantes que não lidam bem com essas situações na Educação de Jovens e Adultos. Já vi casos de pessoas que ficam extremamente nervosas em dias de prova ou de apresentações de trabalhos. Particularmente, quando eu era estudante, não me sentia à vontade em participar de seminários, mas acabava encarando a dificuldade, como todos os meus colegas. Na EJA, no entanto, por se tratar de adultos, essas circunstâncias podem tornar-se muito delicadas.
Mencionei as apresentações orais em outro post e como elas são um grande desafio para as classes da EJA. Desde que comecei a lecionar nesse segmento, fiz esse tipo de proposta e, rapidamente, percebi que eram difíceis para alguns alunos. Apesar disso, sempre as mantive por considerar que os aprendizados eram maiores que os desconfortos. Até hoje, penso que os ganhos são, de fato, significativos, mas aprendi a ter mais cuidado com os receios, as vergonhas e até o pânico que acometem os estudantes.
Vivi muitas situações que evidenciaram esse receio por parte da turma, como alunos que faltavam em dia de apresentações ou de trabalho em grupo e que ficavam absolutamente travados ao fazer provas. Os dias que antecedem a explanação oral estão entre os mais estressantes para eles. Na véspera do seminário, aparecem alergias na pele, crises de pressão alta, dores de barriga, infecções urinárias, nervosismo excessivo, entre outros sintomas. É normal ficar doente de vez em quando, mas metade da classe adoecer na mesma semana supera toda a chance de acaso estatístico.
Preocupado com o efeito que essas atividades têm nos alunos, há alguns anos tenho tomado cada vez mais cuidado (leia aqui sobre a sensibilidade de alguns estudantes da EJA). Busco discutir com eles se vale a pena realizar essas tarefas. Será que os ganhos superam todo o estresse que aparece? A quase totalidade dos alunos diz que sim. Mesmo aqueles mais retraídos e que passam por mais obstáculos afirmam que o percurso é cheio de aprendizados.
Entretanto, já me deparei com alunos que desistem da escola por não suportarem tarefas em grupo e apresentações em público. Aparentemente, tomar a palavra pode ser penoso demais para algumas pessoas, que estão dispostas a jogar para o alto todos os benefícios da escola por conta dessas dificuldades. Há consequências ainda piores que a evasão. Recentemente, soube de um estudante que tentava abandonar o alcoolismo, mas teve recaídas justamente nos momentos em que tinha de falar em público na escola.
Por conta de episódios como esses, temos uma noção do tamanho da nossa responsabilidade ao propor atividades na EJA. Acredito que não se trata, obviamente, de abandonar um trabalho que é importante para a maioria dos alunos. Porém, é preciso traçar um caminho que seja menos árduo, com mais etapas intermediárias e mais acompanhamento para esses casos.
Você já vivenciou algo parecido em suas turmas? O que fazer?

ALUNOS HETEROGÊNEOS PEDEM DESAFIOS ESPECÍFICOS

Disponívelhttp://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/11/25/alunos-heterogeneos-pedem-desafios-especificos/

 | avaliaçãocomportamentosala de aula
Crédito: montagem/shutterstock
No post anterior, apresentei um dilema muito comum nas classes de EJA: os conflitos gerados pela diferença de ritmos e de assiduidade entre os alunos. Muitos professores sentiram-se provocados a discutir o assunto e, a julgar pelos comentários feitos nas redes sociais e aqui no blog, essas diferenças não estão restritas à Educação de Jovens e Adultos.
De fato, a heterogeneidade está presente em qualquer situação que envolva seres humanos, e quem espera a uniformidade não deveria trabalhar com pessoas. Não adianta almejar que todos os alunos sejam iguais quando sabemos que eles não são. Existem diferenças de interesses, expectativas, habilidades, ritmos, entre muitas outras coisas. Em vez de negar essa realidade – que não vai mudar –, nós, professores, deveríamos assumi-la como ponto de partida e, mais que isso, aproveitá-la para potencializar o trabalho em sala de aula.
Seguindo esse ponto de vista, separar os alunos por desempenho se mostra pouco produtivo e antidemocrático. É preciso pensar em práticas pedagógicas que tirem proveito da variedade de que dispomos e que incluam em vez de discriminar. Mas como fazer isso?
Uma primeira saída é enxergarmos a Educação para além dos conteúdos conceituais e assumirmos que a escola também é espaço para desenvolver outros aprendizados, como a tolerância e a convivência, tratando-as como conteúdos a serem trabalhados em grupo. Isso não deve ser feito de maneira acadêmica, expositiva, com o professor explicando o que significa convivência, mas com os estudantes, de fato, convivendo.
Para ilustrar essa ideia, imaginemos um trabalho de pesquisa em grupo sobre o tema Diabetes. Existem, é claro, todos os conteúdos envolvidos e que desejamos que os alunos aprendam, a exemplo da função do pâncreas, do que é glicemia e do que é insulina. Porém, isso é apenas parte da tarefa, pois também queremos que eles conversem, realizem a pesquisa sem brigar, dividam as funções de maneira harmônica e se ajudem. Tendemos a valorizar demais a porção conceitual do trabalho, avaliando se chegaram às ideias academicamente aceitas, mas em grande medida ignoramos toda a interação que a pesquisa envolveu. Essa porção é bem mais difícil de avaliar.
Já que separar os alunos não é uma opção, vou contar como eu faço para lidar com as diferenças de ritmos e perfis em minhas turmas: com desafios específicos para cada estudante. Para isso, proponho uma tarefa clara e que esteja ao alcance do aluno naquele determinado trabalho. Por exemplo, para um digo que o desafio é revisar seu texto e evitar os erros de acentuação. Para outro, peço que relacione os conceitos. Para um terceiro, solicito que inclua a experiência dele de fora da escola no trabalho e assim por diante.
Com essa estratégia, minha intenção é que a atividade seja sob medida para cada perfil, ou seja, desafiadora, mas atingível. Dessa forma, é possível incluir outros objetivos além dos conceituais e fica mais fácil avaliar o desempenho da turma de maneira mais individualizada.  Também fica mais claro para o estudante o que se espera dele, fazendo-o observar seu próprio percurso e o que falta avançar. Esse procedimento, é claro, exige um conhecimento mais detalhado das turmas.
Para continuar no exemplo do post anterior, tanto a aluna rápida faltosa quanto a lenta assídua têm coisas a aprender na escola. Em uma situação que enfrentei recentemente, propus à estudante de ritmo mais lento que ficasse responsável por redigir apenas uma das respostas que o grupo deveria dar, enquanto os colegas fariam outras tarefas. Assim, disporia de bastante tempo. Isso diminuiu a ansiedade dela, que pôde seguir em seu ritmo para finalizar a redação. Do ponto de vista conceitual, não atingiu completamente o esperado, entretanto, houve um progresso inegável em termos de autonomia.
Com a rápida faltosa, tive uma conversa franca. Esclareci que suas ausências desestabilizavam o grupo, mas que percebia que ela compreendia rapidamente os conceitos envolvidos na pesquisa. Seu desafio, portanto, não poderia estar no campo conceitual. Para ela, a encomenda foi tentar faltar menos e organizar as tarefas do grupo no computador, buscando ensinar os colegas em vez de fazer por eles. Essa aluna mostrou-se mais comprometida nesse trabalho do que em outros e foi elogiada pelos demais por sua postura.
Nesse contexto, as duas alunas eram do mesmo grupo e ambas foram avaliadas positivamente nos aspectos em que progrediram, mas não deixei de sinalizar que existiam pontos a melhorar. Mais do que uma nota, as estudantes receberam uma devolutiva que as fez observar o percurso delas e apontou caminhos para avançarem.
Para elas, nesse trabalho em particular, minhas encomendas funcionaram. Não sei se funcionarão em um próximo. Usando um chavão docente: não existe receita. O que existe é reflexão e ação.
E você, professor, o que pensa sobre isso?
P.S.: Devo a outros professores a reflexão que resultou neste post: Pato Papaterra, Alexander Christianini, Cristiano Nogueira, Rodrigo Mendes, Sandra Souza, Cristiane Magnani, Ana Paula Nunes e vários(as) outros(as). Todos os comentários, muito pertinentes, ajudam a (re)pensar esse dilema da heterogeneidade dos alunos.

ALUNOS LENTOS E RÁPIDOS NA MESMA CLASSE

 | avaliaçãocomportamentosala de aula

Disponível: http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/2014/11/19/alunos-lentos-e-rapidos-na-mesma-classe/

Crédito: shutterstock
A heterogeneidade das turmas é a grande marca da EJA, o que para nós, professores, é um grande desafio. Há dois perfis de estudantes que, quando estão juntos, são especialmente complicados para o docente. São eles o lento assíduo e o rápido faltoso. Veja se os exemplos a seguir são familiares a você:
Jaqueline* é uma aluna que já domina certos procedimentos escolares e tem facilidade para compreender as propostas do professor. Ela é sempre a primeira a terminar as tarefas e costuma fazer isso com competência. Por essa razão, frequentemente fica sem nada para fazer em sala, esperando que os colegas terminem as atividades. O ritmo mais lento dos demais irrita a estudante, que não tem paciência para trabalhar coletivamente e acaba assumindo uma postura individualista. É comum vê-la mexendo no celular ou em revistas que nada têm a ver com as atividades. Jaqueline falta muito às aulas, um padrão que se repete há alguns semestres.
Já Francisca* foi alfabetizada recentemente e ainda está se acostumando com o mundo letrado. A dificuldade com a leitura lhe traz problemas para compreender as propostas dadas. Apesar do ritmo lento, consegue executar as atividades e o desenvolvimento dela é visível ao longo do semestre. A aluna nunca falta às aulas e sempre interage com os colegas, pedindo ajuda quando não encontra caminhos e buscando contribuir nos pontos que domina.
Estudantes como Francisca e Jaqueline são comuns nas salas de aula e coexistem nas turmas de EJA. Então, como lidar com essa disparidade de perfis?
Em minha classe, tenho alunos muito parecidos com as descrições acima – embora não com os nomes citados. Em uma proposta de pesquisa, decidi colocá-los juntos em um mesmo grupo de trabalho, com a intenção de que um estudante aprendesse com o outro e as diferenças entre eles se compensassem. Porém, a estratégia não funcionou.
As faltas de “Jaqueline” desestabilizaram muito o grupo e, quando presente, ela buscava resolver todos os problemas sem consultar o que já havia sido feito. O ritmo lento de “Francisca”, por sua vez, acabou contribuindo para atrasar o trabalho. Apesar de ter conseguido realizar algumas tarefas e de seu desenvolvimento ser notado, ela não completou a pesquisa. Quando o grupo estava completo, era atropelada por “Jaqueline”.
Diante desse cenário, cabe refletir: é justo avaliar alguém como Jaqueline – que não participa de todas as aulas e interage pouco com os colegas, mas dá conta das propostas – negativamente? E pessoas como Francisca – que se esforçam, mas nem sempre atingem os objetivos–, devem receber sempre uma avaliação positiva?
Você, professor, já deve ter se deparado com situações semelhantes. Como se organiza para lidar com esses dois tipos de estudante? Fale sobre sua experiência nos comentários. No post da semana que vem, vou contar o que eu fiz para lidar com a questão na minha turma e como consegui superar o problema. Não deixe de acompanhar o final dessa história!
*Os nomes são fictícios.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Dia Nacional da Consciência Negra




Vinte de novembro é o Dia da Consciência Negra no Brasil. Comemorado há mais de 30 anos por ativistas do movimento negro, somente em 2011, com a Lei 12.519, foi instituído oficialmente esta data em homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares – situado entre Alagoas e Pernambuco –, onde se refugiavam escravos negros fugidos dos engenhos do nordeste que lutavam pela liberdade.

Ao longo de décadas, mesmo após a assinatura da Lei Áurea, negros e negras vêm lutando contra o racismo e o preconceito a que estão sujeitos. Estudos e estatísticas na área demonstram a disparidade econômica e social entre os grupos etnicorraciais tanto na sociedade quanto no mundo do trabalho.
Muitos avanços foram conseguidos ao longo desses anos em termos de políticas públicas de ações afirmativas, dentre elas a reserva de vagas para negros em universidades públicas e mais recentemente nos concursos públicos com a Lei 12.990 de junho de 2014, reforçando o debate sobre a igualdade de oportunidades.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

FESTEJANDO A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: Alunos da EJA de Seropédica exibem trabalhos em evento da SMECE


Na última quinta-feira (13), a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (SMECE) de Seropédica realizou a segunda edição da FestEJA, que é a Festa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Município. O evento aconteceu no Seropédica Atlético Clube e contou com a participação de 250 pessoas.

É sempre gratificante participar de eventos que tornam públicos os trabalhos dos alunos. Tenho visitado as unidades que trabalham com a EJA e sempre me surpreendo com o brilhante trabalho que vem sendo desenvolvido. Ainda temos dentro da EJA um projeto de Gestão e Inovação, que é a Brinquedoteca, e estamos na iminência de receber um prêmio por essa iniciativa, se Deus quiser seremos vitoriosos, pois reconhecidamente é um trabalho de qualidade, e que combate a evasão. Ambos os projetos só funcionam porque todos os envolvidos fazem a diferença. Obrigado e parabéns aos Professores, Coordenadores e Diretores”, comemorou Lúcia Baroni.





Durante o evento alunos de 9 unidades municipais de ensino  apresentaram trabalhos que foram desenvolvidos, no 2º semestre de 2014, com o 
Projeto: "Quem Somos Nós? A Identidade do Brasil e a Nossa Brasilidade".

DSC_0637 - Copia                                                                             As apresentações envolveram música, dança e representações culturais. Confira a Programação do evento abaixo (em mais informações). 
A festividade ainda contou com várias barracas temáticas onde foram expostas obras de arte criadas pelos próprios alunos e um sorteio de brindes.
A Educação de Jovens e Adultos de Seropédica é uma ação da Subsecretaria de Ensino da SMECE, sendo dirigida pela Subsecretária Eliana Cristina e Coordenada pelos Professores Adriano Lopes e Valéria Pereira e Orientada pela Professora Patrícia Carvalho.
A Coordenação e a Orientação Pedagógica da EJA agradece e parabeniza todas as pessoas que estiveram envolvidas na realização desta 2ª FestEJA . 
O sucesso é nosso!!!





quarta-feira, 12 de novembro de 2014

2ª FestEJA - FESTA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - VOCÊ É NOSSO CONVIDADO!!


A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte, através da Coordenação Pedagógica da Educação de Jovens e Adultos, realizará a FestEJA 2014, no dia 13 de novembro de 2014, às 18horas, no Seropédica Atlético Clube, localizado em Seropédica / RJ.

 A Festa Anual da Educação de Jovens e Adultos -FestEJA - terá como tema, “Quem somos nós? A identidade do Brasil e a nossa Brasilidade”, de acordo com os trabalhos desenvolvidos nas Unidades Escolares Municipais da Rede de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte – SMECE, durante o 2º Semestre do ano letivo de 2014.


Haverá uma mostra cultural com apresentações dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos da Educação de Jovens e Adultos no 2º Semestre do ano letivo de  2014.


Coordenação Pedagógica da EJA
Adriano Lopes:  adrianolopes54@hotmail.com
Patrícia Carvalho:  patricia.cmei@hotmail.com
Valéria Luíza Pereira: vluizapereira@hotmail.com

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ENCCEJA: oportunidade para a certificação na EJA

 | avaliaçãopolíticas públicas
Crédito: Shutterstock / montagem
Todos nós sabemos das dificuldades que os alunos da Educação de Jovens e Adultos enfrentam para frequentar as aulas presencialmente. A exigência do trabalho, a distância entre a casa onde moram e a escola, as obrigações com a família, o cansaço da rotina diária, todos esses fatores são obstáculos que fazem com que muitos não consigam concluir os estudos.
Ao mesmo tempo, possuir o Ensino Fundamental completo tornou-se uma exigência básica no mercado de trabalho e isso faz com que diversas pessoas procurem a EJA para conseguir um diploma rapidamente. Grande parte delas têm poucos anos de escolaridade (ou nenhum) e lacunas graves na formação escolar, o que exige vários anos de estudo para serem preenchidas.
No entanto, nem todos os estudantes precisam dessa mesma atenção. Em minha experiência como professor, encontrei alunos que, embora não tivessem o diploma, detinham conhecimentos compatíveis com o Ensino Fundamental e suficientes para ingressarem no Ensino Médio. Alguns deles tinham cursado essa etapa de ensino, mas não possuíam qualquer comprovante ou histórico escolar. Outros passaram pouco tempo na escola, porém possuíam uma história de vida (no trabalho e em situações de ensino informal) que permitiu com que desenvolvessem habilidades normalmente adquiridas dentro da sala de aula. Também me deparei com alunos ligeiros, que aprendiam num ritmo mais veloz que os demais, portanto não teriam problema em pular fases.
Acredito que poder ficar mais tempo na escola possa beneficiá-los, porém, o fato de o diploma do Ensino Fundamental ser uma exigência prática para progredir no trabalho e até para evitar uma demissão faz com que seja preciso acelerar o processo de certificação.
Para quem tem esse perfil, a melhor alternativa pode ser o Exame Nacional de Certificação de Competências (ENCCEJA). Organizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ele é voltado a jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir os estudos na idade apropriada.

Para o Ensino Fundamental, o interessado precisa ter ao menos 15 anos na data de realização do exame, que em sua edição mais recente foi composto de quatro provas, com 30 questões de múltipla escolha cada, e uma redação. As áreas avaliadas são: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física, Artes Matemática, História, Geografia e Ciências Naturais.
O ENCCEJA não tem uma data fixa e é preciso estar atento ao calendário divulgado no site do Inep para saber quando serão as inscrições – que podem ser feitas na própria página – e a aplicação do exame. Neste ano, as datas foram março e junho, respectivamente.
Mesmo que nenhum de seus alunos realize o exame, as provas podem servir de material de estudo interessante. Provas de alguns anos anteriores estão disponíveis na internet.

PRIMEIROS SOCORROS: Conhecimentos importantes



Primeiros socorros: conteúdo importante
Aprender sobre como prestar assistência é algo importante na EJA, pois os estudantes passam por esse tipo de situações no trabalho, em casa ou em seus deslocamentos diários. Falar sobre como proceder nessas circunstâncias pode até mesmo ajudar a salvar vidas. Daí a importância de promover atividades como essa.
Não se trata de capacitar a turma a ser socorrista (o que seria impossível no tempo exíguo da EJA), mas sim de uma aula para informar sobre o que é adequado fazer ou não em cada situação. Uma maneira interessante de iniciar a discussão é pedir que os alunos relatem situações que já viveram e como se comportaram. Assim, com base nas experiências deles, pode-se discutir se a atitude tomada foi a mais correta, se poderia ser melhorada e se existem outras possibilidades. É preciso tomar o cuidado para que o tom não seja de repreensão, mas sim de entendimento e de análise da situação vivida em cada momento.
Alguns exemplos que já apareceram nessas aulas e de como encaminhamos a discussão:
“Uma vez queimei a mão em uma panela quente e imediatamente a pele formou bolhas”: a aluna relatou que isso aconteceu quando vivia em local isolado na zona rural e que a providência que sua mãe tomou foi passar gema de ovo sobre a pele queimada, o que aliviou a dor. Segundo ela, esse é um remédio caseiro muito usado na região onde cresceu. A médica explicou que a formação de bolhas é um sinal de queimadura de segundo grau e o alívio tem a ver com o resfriamento da pele queimada. No entanto, ela frisou que a gema pode gerar infecção na pele desprotegida; o mesmo efeito seria conseguido com água fria corrente, o que seria mais indicado. Não se recomenda usar pasta de dente, borra de café ou manteiga.
Um colega de trabalho levou um choque elétrico ao trocar uma lâmpada defeituosa: o estudante contou que ficou apavorado ao ver que o amigo estava grudado aos fios. Sua reação foi chutar a escada de madeira que o apoiava. Felizmente, a vítima não se machucou na queda e o problema foi resolvido. Sem recriminar o aluno que agiu numa situação de pânico, a médica ressaltou que a queda poderia ter consequências graves e que o mais adequado seria afastar os fios com um material não condutor, como um cabo de vassoura. Idealmente, deve-se tomar o cuidado de desligar a chave-geral ao realizar reparos ou, pelo menos, certificar-se sobre onde ela está.
Um menino teve uma convulsão no ônibus em que eu estavao estudante contou que as pessoas ao redor tiveram reações ambíguas. Enquanto alguns tentavam segurar o garoto, outros evitavam encostar nele por medo de “pegar” a doença. A médica esclareceu que o procedimento indicado é tentar deitar o paciente de lado, remover objetos ao redor que possam machucá-lo, proteger sua cabeça sem tentar segurá-la e não introduzir nenhum objeto na boca. Deve-se encaminhar o paciente a um serviço de saúde após a convulsão.
Esses foram apenas alguns dos exemplos que apareceram na discussão. A partir de narrativas como essas, pudemos conversar sobre situações que nossos alunos comumente enfrentam e como podem proceder.
Caso você não consiga convidar especialistas para ir à escola, sugiro que consulte sites ou livros que tragam informações sobre o assunto. O site do médico Drauzio Varella, por exemplo, aborda muitas dessas situações.



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO ESPAÇO DE EXPERIMENTAÇÃO

Professor Felipe Bandoni de Oliveira com seus alunos do Colégio Santa Cruz. Crédito: Marina Piedade
Disponível: http://revistaescola.abril.com.br/blogs/eja/
Participei de um evento há duas semanas sobre a EJA no Encontro Nacional de Ensino de Biologia (ENEBIO). Dificilmente acontecem discussões sobre Educação de Jovens e Adultos nos congressos gerais sobre Educação, por isso achei muito interessante a iniciativa da comissão que organizou o evento.
O foco da discussão foi o currículo da EJA, justamente o assunto que ocupou o espaço deste blog em posts recentes. Participei de uma mesa com a professora Graziela del Mônaco, que defendeu neste ano sua tese de doutorado sobre os conteúdos de Ciências no currículo da Educação de Jovens e Adultos
Fiquei surpreso ao ver que na sala havia cerca de trinta pessoas. Achei que a EJA não despertaria interesse em um congresso sobre Ensino de Biologia, mas estava enganado: além dos debatedores, tivemos grande contribuição dos professores presentes.
A questão que permeou toda a discussão foi: o que ensinar para jovens e adultos?
Obviamente, não chegamos a uma resposta definitiva, mas muitas reflexões interessantes apareceram pelo caminho.
Em primeiro lugar, percebi que muitos dos professores estavam angustiados com o currículoque atualmente praticam na EJA. Não veem relevância no que ensinam, notam que os alunos não enxergam as relações entre os conteúdos e a realidade fora da escola, sentem-se pressionados a cumprir o mesmo que fazem no ensino regular… Enfim, enxerguei neles asinquietações que descrevi há pouco tempo.
Embora o foco tenha sido a Biologia, os participantes confirmaram que nas outras áreas a situação é a mesma. Isso nos leva a pensar que, de maneira geral, existe um descontentamento com o currículo que praticamos hoje na EJA.
Por outro lado, ouvimos vários depoimentos atestando que, na realidade, há menos pressão sobre a EJA do que sobre o ensino regular: foram citadas como exemplo as escolas que têm como objetivo principal preparar os alunos para vestibulares, bem como outras em que os pais cobram o ensino de certos conteúdos a seus filhos. Na EJA, raramente existe esse tipo de pressão.
Apesar disso, nós professores nos amarramos demasiadamente aos livros didáticos e a conteúdos supostamente “obrigatórios”, o que acaba nos afastando dos temas realmente importantes para os alunos. Por que fazemos isso? É claro que não podemos ensinar simplesmente porque “nos deu na telha”, mas será que não seria a situação certa para inserir aqueles conteúdos que sabemos ser importantes e motivadores? Talvez na EJA tenhamos a oportunidade de ouro de trabalhar sem amarras e focarmos no que realmente interessa a eles…
Surgiu a ideia de que a EJA é um espaço privilegiado para a experimentação. Talvez seja a modalidade de ensino em que se pode abordar aquele conteúdo que você sempre considerou importante, mas que nunca pode trabalhar porque “não está no livro” ou porque “não se costuma ensinar”. Talvez a EJA, com seus alunos desafiadores, seja o balão de ensaio ideal para tornar o ensino mais interessante, tanto em termos dos assuntos a serem ensinados como da abordagem para ensinar.
Neste blog já citei alguns exemplos que se encaixariam nisto que estou chamando de “experimentais”, no melhor sentido da palavra: o trabalho “Infãncia na Roça” da professora Paula Takadao trabalho com blogs da professora Mariana Luz, além do trabalho que fiz com meus alunos sobre a Lua.
O que você, professor da EJA, pensa disso? Será mesmo que a EJA é um ambiente propício para repensarmos nossa forma de ensinar? Será que é possível experimentar novos conteúdos e novas maneiras de ensiná-los?



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

COMO FAZER O PPP DA ESCOLA

Projeto Político Pedagógico. Ilustração: Fábio Lucca

Segundo especialistas, a elaboração do projeto político-pedagógico precisa contemplar a missão, a clientela, dados sobre aprendizagem, relação com as famílias, recursos, diretrizes pedagógicas, plano de ação da escola.


Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão.Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo.

Dicas práticas para elaborar o PPP
Certas estratégias facilitam a preparação, a revisão e o acesso da equipe ao projeto político-pedagógico:

- Não é preciso refazer a missão todo ano. Geralmente, ela dura de dois a cinco anos. Deve ser alterada quando a equipe percebe que os princípios já não correspondem às suas aspirações (os objetivos iniciais foram alcançados ou precisam ser modificados), a clientela é outra (aconteceram mudanças na comunidade) ou o contexto escolar teve alterações (introdução do Ensino Fundamental de nove anos ou a chegada da Educação Infantil ou de Jovens e Adultos). Esse trecho deve ser respaldado nos planos municipal ou estadual de Educação.

- Clientela, dados sobre a aprendizagem, recursos, relação com as famílias, diretrizes e plano de ação devem ser revistos e atualizados ao longo do ano - e isso pode ser feito durante as reuniões pedagógicas e institucionais, nos encontros do Conselho Escolar e na semana de planejamento. Para tanto, a cada encontro, defina quem será o responsável por sistematizar os dados e inseri-los
no PPP.

- A linguagem usada deve ser simples.

- O ideal é que o PPP seja montado em um arquivo eletrônico, no computador, e, depois de impresso, colocado em uma pasta arquivo para facilitar o acesso e as alterações durante o ano.

- Professores e funcionários podem receber cópias do documento, quando possível, para que consultem sempre que surgirem dúvidas.

- É interessante elaborar uma versão resumida para entregar aos pais no ato da matrícula.
- Organizar o PPP em um fichário facilita o manuseio, a conservação e a revisão ao longo do ano.
Nas próximas páginas, você vai conhecer detalhes de cada um dos tópicos indispensáveis do PPP e saber onde obter as informações e a melhor forma de organizá-las.
Como fazer o PPP da escola