quinta-feira, 5 de março de 2015

Diagnóstico inicial


Diagnóstico inicial | Crédito: shutterstock
O ano letivo começou e muitos professores assumiram turmas que não conhecem ainda. Com isso, existe o risco de partir de um ponto que os alunos já dominam e ser repetitivo ou, o que é pior, propor atividades que são muito difíceis para a turma. Vale lembrar que, na Educação de Jovens e Adultos, a proposta do ano anterior pode não funcionar bem neste ano, pois cada turma tem suas especificidades.
Quanto antes conhecer suas turmas, melhor para o trabalho docente. Daí a importância de desenvolver maneiras de descobrir, logo nos primeiros dias de aula, o que os estudantes sabem e o que precisam aprender.
Um professor polivalente, que acompanha a turma todos os dias, tem condições de fazer um diagnóstico mais extenso e determinar com mais precisão em que ponto estão os alunos e quais são os aspectos que merecerão mais atenção ao longo das aulas.
No Ensino Fundamental 2 e no Ensino Médio, por terem um tempo reduzido com os alunos, alguns educadores fazem provas de sondagem inicial. No entanto, esse nem sempre é o instrumento mais adequado, já que é muito pontual e focado em conceitos. O diagnóstico, além de levantar os saberes de cada um, deve ter a função de revelar quem são esses estudantes: como se comportam no ambiente coletivo, o que fazem quando há um problema que não conseguem resolver, se existe uma área que é especialmente problemática, entre outros fatores.
Para contornar o pouco tempo com a turma, uma saída é elaborar o diagnóstico de maneira coletiva, junto com os demais professores. Assim, enquanto um observa determinado aspecto, os colegas levantam outros, de forma que seja possível construir um panorama mais completo da classe nas reuniões pedagógicas.
O diagnóstico é um instrumento para definir um ponto de partida e facilitar o seu trabalho pedagógico. Caso seja bem elaborado, ele torna-se uma baliza com a qual você pode comparar o desempenho dos alunos ao final do semestre, identificando a evolução deles.
Algumas dicas que podem ajudá-lo na elaboração dessa ferramenta:
Enfoque procedimentos, para além dos conceitos – Os assuntos que você abordará mudarão ao longo do ano letivo, mas muitos procedimentos serão usados repetidamente – como os de leitura. Por essa razão, no início do trabalho, vale a pena usar uma atividade que exija leitura e escrita, que são essenciais para uma grande parte dos conhecimentos, e dar menos ênfase aos conceitos específicos da sua área.
Converse com outros colegas sobre a turma - Fazer um diagnóstico coletivo, com cada professor observando um aspecto da turma, permite conhecer os alunos de vários pontos de vista. Além disso, muitas informações preciosas podem ser obtidas com os colegas que já trabalharam com os mesmos alunos em momentos anteriores. Em ambos os casos, é fundamental reservar momentos das reuniões pedagógicas para essa troca de informações.
Procure conhecer o perfil da turma e de cada estudante – Um aspecto que é muito importante para o trabalho diz respeito à atitude individual e coletiva dos alunos nas aulas. A turma é participativa ou calada? Será que trabalhos em grupos funcionarão bem ou causarão mais conflitos que benefícios? Quem são os alunos de ritmo mais lento e que demandarão acompanhamento mais próximo? Quanto antes você puder responder essas perguntas, mais rápido conseguirá elaborar atividades que sejam efetivas para a turma.
E você, professor, realiza alguma atividade para conhecer suas novas turmas? Como faz para descobrir o que eles já sabem e como são como alunos? Compartilhe conosco!

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